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Pitty não costuma ser ligada em datas, mas os fãs não a deixam esquecer: lá se vão 20 anos desde que a cantora despontou no cenário nacional do rock com seu álbum de estreia, Admirável Chip Novo. A partir de abril, a data vai ser celebrada na estrada, com a turnê “ACNXX”, que já tem shows agendados em São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná.
“Aconteceu muita coisa, claro, quando a gente para olhar. Muita água passou por baixo dessa ponte e ainda há de passar. Mas eu também senti assim: ‘Caramba, 20, já?!’ (risos)”, conta ela, em entrevista ao Omelete. “Para mim, a turnê significa gratidão, uma comemoração mesmo, por ter conseguido viver de música por tanto tempo. Sou grata por isso e por todas as pessoas que fazem parte dessa trajetória, todos os fãs que estão aí desde sempre.”
Lançado pela gravadora independente Deck (na época, Deckdisc), o trabalho emplacou hits como “Teto de Vidro”, “Máscara” e “Equalize”, além da faixa-título, e rendeu à artista um disco de platina (250 mil cópias vendidas) e o troféu de Revelação no Prêmio Multishow de Música Brasileira. Desde então, vieram outros quatro álbuns de estúdio, projetos paralelos como o duo Agridoce (com Martin Mendonça) e a consolidação de uma carreira de sucesso.
“Tenho bastante orgulho de ele [o álbum] ter chegado até aqui bem, nesse tempo, nessa idade, sendo percebido de um jeito contemporâneo. É o famoso envelhecer bem, né? (risos) Teve um menino que me escreveu outro dia sobre alguma letra do disco: ‘Meu Deus, só agora entendi que tal parte falava sobre tal coisa’. Achei engraçado, é uma obra que as pessoas continuam descobrindo, ela não se encerrou ali. É bonito ver que ela tá viva no mundo”, diz ela, que recentemente foi uma das atrações do festival Lollapalooza.
Compositora, cantora e instrumentista, Pitty também assina a direção do show, função que já vinha exercendo em suas turnês mais recentes, Matriz e PittyNando, essa ao lado de Nando Reis. Para a artista, que sobe ao palco acompanhada por Martin Mendonça (guitarra), Paulo Kishimoto (baixo) e Jean Dolabella (bateria), é importante pensar no que ela quer dizer visualmente com as canções.
“É mais uma camada adicionada nesse tanto de coisas que eu gosto de fazer e de alguma forma já fazia, mas não sabia dar o nome. E, claro, sempre com uma equipe muito incrível, chamando pessoas pra construir esses universos comigo, mas é porque penso no show como uma história, com começo, meio e fim”, explica. “Fazer o roteiro, pensar em cada cor de cada música, que hora entra luz, que hora sai, faz parte de trazer a experiência do show pro público de uma forma mais imersiva, mais completa.”
Dessa vez, Pitty quer trazer uma proposta mais focada na performance dos músicos do que em recursos tecnológicos.