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Se não fosse pela pandemia, a expectativa de vida no Brasil seria de 76,8 anos em 2020, segundo dados publicados, nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em nota, o IBGE explica que os dados divulgados “fornecem os indicadores de mortalidade que seriam esperados caso o país não tivesse passado pela pandemia de Covid-19”.
O Instituto informou em nota técnica que as “Tábuas Completas de Mortalidade” divulgadas são provenientes de uma projeção de mortalidade, que se baseia nas Tábuas de 2010, ano no qual foram incorporados os dados populacionais do Censo Demográfico de 2010. Por isso, não consideram os efeitos da pandemia de Covid-19 no aumento de óbitos.
Sem a Covid-19, a expectativa de vida dos brasileiros teria crescido de 76,6 anos, em 2019, para 76,8 anos, em 2020 – um aumento de 2 meses e 26 dias. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos.
Há uma discrepância quando os dados são divididos entre homens e mulheres. “Para a população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,3 anos, e, para as mulheres, de 80,3 anos, em 2020”, informou o IBGE em comunicado.
Os pesquisadores esperam ter uma expectativa de vida brasileira mais precisa no ano que vem. Em 2022, as projeções de mortalidade serão elaboradas após a publicação dos resultados do Censo de 2022, o que trará mais informações sobre a população exposta ao risco de falecer e dos óbitos observados na última década.
Um estudo coordenado pela pesquisadora brasileira, Márcia Castro, do Departamento de Saúde Global e População da Universidade de Harvard, estimou em julho que a pandemia reduziu a expectativa em 1,8 anos em 2021.
Em agosto, o IBGE divulgou novos dados sobre o perfil da população brasileira. De acordo com os especialistas, o Brasil cresceu em número de habitantes e chegou a 213,3 milhões de pessoas 1º de julho de 2021. No ano passado, a população era de 211,7 milhões.
O crescimento estimado da população de 2020 para 2021 foi de 0,74%, de acordo com o IBGE.
Segundo os dados, os estados mais populosos são: São Paulo (46,65 milhões), Minas Gerais (21,41 milhões) e o Rio de Janeiro (17,46 milhões). Roraima (652,7 mil), Amapá (877,6 mil) e Acre (906,9 mil) são os que tem menos de um milhão de habitantes.
Fonte: CNN Brasil – Com informações da Agência Brasil