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Um posto de combustíveis que foi atingido pelo temporal que deixou centenas de mortos em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, no dia 15 de fevereiro foi demolido nesta terça-feira (1º). A estrutura estava condenada pela Defesa Civil depois da tragédia e ficava na Rua Teresa, um dos pontos mais afetados.
A tragédia já deixou, até a tarde desta terça, 231 mortos, segundo a Polícia Civil. Ainda há pelo menos quatro pessoas desaparecidas. O Corpo de Bombeiros encontrou na Chácara Flora, mais uma vítima tragédia. Agora, segundo os bombeiros, as equipes seguem os trabalhos e concentram esforços em busca da última pessoa dada como desaparecida no local.
Equipes especializadas também seguem fazendo a varredura nos rios da cidade, onde estão desaparecidas três vítimas, com mergulhadores e equipes terrestres com cães de busca e salvamento. Entre os mortos, 137 são mulheres e 94 homens. Do total, 44 vítimas eram menores.
A demolição do posto foi durante uma operação do Governo do Estado coordenada pela Secretaria de Infraestrutura e Obras. O trabalho de limpeza no município continua, mesmo após a retirada de mais de 35 mil toneladas de resíduos e da liberação da circulação em mais de 20 vias que estavam obstruídas.
Segundo o Governo do Estado, a estrutura do posto apresentava risco de desabamento. Ao todo, mais de 500 caminhões de resíduos foram retirados só da Rua Teresa.
Pedras e entulhos desceram de uma encosta, destruindo tudo que havia embaixo. O posto, que fica na na altura do número 1129, foi atingido e o cenário de destruição rodou o mundo. Nenhum funcionário do posto foi ferido gravemente, mas o corpo de um senhor que morava no morro foi encontrado entre os escombros.
Cerca de 45 minutos foram suficientes para levar ao chão o que restou do escritório e da loja de conveniência do posto. Uma retroescavadeira e cinco caminhões foram usados para realizar a demolição. O estabelecimento estava com as estruturas comprometidas por causa dos impactos das pedras e lixo que desceram com as chuvas e foi condenado pela Defesa Civil.
Em Petrópolis desde o último dia 15, o secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos, esteve no local para acompanhar a demolição e destacou a necessidade do trabalho realizado:
“Nós estamos fazendo toda limpeza aqui da Rua Teresa e, atualmente, graças a Deus, o cenário é bem diferente do que encontramos. Sabemos que há muito trabalho para fazer e parte do posto poderia desabar a qualquer momento. Nossa expectativa é de que os comerciantes possam reabrir imediatamente suas lojas e com mais segurança. Todos os nossos esforços estão concentrados para que Petrópolis volte à normalidade. Por isso, trabalhamos duro todos os dias de Carnaval aqui na cidade”, destacou.
Acompanhando atentamente a demolição do posto, o empresário Sérgio Bernardes, 48 anos, calcula um prejuízo de cerca de R$ 1,5 milhão. No entanto, tem a esperança de dias melhores e a gratidão por não ter perdido a vida de nenhum funcionário ou ente querido pela tragédia.
“No dia foi uma sensação terrível, mas felizmente estamos vivos e isso é o que mais importa. Agora, é colocar a cabeça no lugar e recomeçar. O objetivo é reabrirmos com contêiner e em três meses estarmos em funcionamento. Agradecemos muito a toda equipe do Governo do Estado que tem nos ajudado muito neste momento”, disse.
Fonte: G1