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O dia 25 de novembro é o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue e, por isso, essa semana os bancos de sangue de todo o país estão com uma agenda movimentada não só para homenagear quem já doa, mas também para convidar mais pessoas a fazer parte do grupo.
Franciele Moreira ainda era adolescente quando a avó foi parar na Santa Casa de São Gabriel, no interior do Rio Grande do Sul, com uma anemia profunda e precisando de uma transfusão de sangue, depois de muita dificuldade conseguiu a doação. A experiência fez dela uma doadora logo depois que completou 18 anos. Hoje, aos 32, ela segue em campanha, sempre convidando as pessoas próximas para doarem.
Mas doadores voluntários como Franciele ainda são raros no Brasil. Com a pandemia do coronavírus, a situação ficou pior. No estado de São Paulo, por exemplo, dos oito tipos sanguíneos existente, quatro estavam com estoque em níveis críticos nessa segunda-feira. Apenas os estoques para os tipos sanguíneos AB positivo, AB negativo e B positivo estavam no padrão considerado estável. A hematologista Bruna Mestieri reconhece que as perspectivas melhoraram, mas a situação ainda é grave.
Transfusões de sangue fazem parte da rotina de hospitais que precisam atender pessoas que sofrem acidentes ou estão internadas por diferentes doenças. Em muitas situações o sangue humano é imprescindível e não pode ser substituído por outro produto. Também não pode ser comprado e por isso depende apenas da solidariedade das pessoas.
A princípio qualquer pessoa com mais de 18 anos e menos de 70 e com mais de 50 quilos pode ser doadora. Mas existem restrições. Algumas temporárias e outras permanentes.
Pessoas anêmicas, com doenças cardíacas, mulheres grávidas ou lactantes não devem doar. Também estão impedidas pessoas que usam medicamentos que possam provocar danos em fetos de mulheres grávidas ou pessoas com doenças transmissíveis pelo sangue como a aids, hepatite ou chagas.
Na primeira semana de novembro, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que vai aumentar o número de doadores. O projeto proíbe a discriminação de doadores com base na orientação sexual . a proposta ainda vai ser discutida pela Câmara dos Deputados, mas se aprovado, vai excluir do questionário de seleção de doadores, a pergunta se o doador homem se relaciona sexualmente com outros homens.
Fonte: Agência Brasil