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Quem já fez a portabilidade do celular ou perdeu o aparelho telefônico, já viu de perto como funciona o chip em branco das empresas de telefonia.
Com alguns dados como o CPF ou o número do celular é possível pedir um novo chip e continuar com acesso ao velho número.
O problema é que essa facilidade também abre as portas para estelionatários praticarem o golpe do SIM SWAP, troca de chip em inglês, ou simplesmente o golpe do chip branco.
O crime consiste em cancelar as linhas telefônicas das vítimas habilitando chips novos. Com o controle do número, é possível acessar a lista de contatos, receber SMS, WhatsApp e ligações telefônicas e com tudo isso, ter acesso até a aplicativos bancários.
A base do golpe são as fragilidades de segurança das operadoras de telefonia, como explicou o diretor Geral do Procon no Distrito Federal, Marcelo de Souza do Nascimento.
A recomendação é comunicar imediatamente a operadora de telefonia para cancelar o chip clonado e registrar o Boletim de ocorrência. O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal Sergio Bautzer explica os motivos.
Bautzer também está coordenando um projeto piloto do Canal Contragolpe que pretende criar o primeiro banco de dados com informações sobre os estelionatários cibernéticos do país. A vítima que tiver qualquer informação sobre os criminosos pode repassar os dados pelo whatsap 061 99325 7043. As informações vão ser usadas apenas para a formação do banco de dados e não para a investigação dos crimes.
Em 2019, a empresa de cybersegurança Kyspersky estimou que mais de 5 mil linhas telefônicas foram clonadas no Brasil.
Fonte: Agência Brasil