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Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), mostram um aumento de 35,6% do número de casos de furto em Teresópolis, entre janeiro e maio deste ano. Nesse período, foram anotadas na 110ª DP 335 ocorrências sobre esse tipo de delito, contra 247 no mesmo período do ano passado. O setor estatístico da Secretaria Estadual de Segurança não detalha todos os tipos de furto, apenas os relacionados à transeunte (15 casos), bicicleta (03), celular (35), interior de coletivo (04) e de veículos (29). No fim de semana, por exemplo, dois homens foram flagrados tentando furtar uma bicicleta nas proximidades do terminal rodoviário e outros dois presos após furto de carne em supermercados da cidade, ocorrências que só serão lançadas na planilha do mês de julho. Mas, se por um lado cresceu o número de casos do tipo, por outro lado caiu o número de anotações de roubo, sendo 17 entre janeiro e maio passado, contra 30 em 2021. A diferença entre os delitos é que, no furto, a pessoa perdeu seu bem “sem perceber”, como em um arrombamento de residência, por exemplo. No caso do roubo há mais motivo para preocupação, pois envolve qualquer tipo de violência, seja com arma de fogo, arma branca ou mesmo ameaça de agressão.
A redução do número de assaltos, portanto de casos com mais selvageria, pode ter ligação com o reforço no patrulhamento das ruas do município, com efetivo do 30º Batalhão de Polícia Militar e mais recentemente equipes do Segurança Presente atuando nas vias centrais ou turísticas no período diurno. Em todo o Estado do Rio de Janeiro também se percebe uma redução do número de roubos de rua, que inclui roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo. Segundo o Instituto de Segurança Pública, foram 19.348 casos no primeiro quadrimestre do ano de 2022 e 4.849 em abril – este foi o menor valor para o acumulado desde 2005. Na comparação com 2021, o indicador registrou redução de 21% em relação ao acumulado do ano e redução de 10% em relação ao mês.
Levantamento realizado pelo ISP aponta um crescimento preocupante no número de crimes de estelionato em Teresópolis. Essa alta tem sido gradativa e constante, porém o salto dos primeiros três meses do ano causa certa perplexidade. Comparando com o mesmo período de 2021, de janeiro a março de 2022 foram registrados 288 crimes enquadrados no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, o que representa um acréscimo de 227,3% ante os 88 casos dos três primeiros meses do ano passado. De acordo com os dados do estudo constantemente realizado pelo ISP, onde estão concentrados todos os registros de ocorrências criminais no território do Estado do Rio de Janeiro, o estelionato está entre os cinco crimes mais cometidos na cidade. Outros fatores relevantes e que merecem atenção, é que a disseminação das novas tecnologias de comunicação, sobretudo entre a população mais idosa, além do longo período de pandemia que levou ao isolamento social, obrigando a população a realizar mais transações financeiras via aplicativos em aparelhos móveis, ofereceram aos fraudadores um amplo e fértil campo de atuação para cometerem os chamados crimes de engenharia social.
Por isso é importante alertar à população sobre a crescente onda de estelionatos praticados em Teresópolis, já que enquanto em todo ano passados tivemos 560 registros deste tipo de crime na 110ª DP, só nos três primeiros meses deste ano já temos 288 casos, mais do que a metade do total de casos de 2021, que se mantiver a tendência pode ser superado até o fim do ano. Se compararmos isoladamente o mês de março o avanço é ainda mais impressionante, de 2021 para 2022 houve uma elevação de 362,5%.
A vulnerabilidade da população não é causada só por desatenção ou falta de cuidado com a segurança em transações financeiras na internet, é também por que os golpistas se multiplicam a cada dia e a variedade de mecanismos que viabilizam golpes, acabam dificultando cada vez mais o trabalho da polícia para combater esses crimes. Os golpes que eram mais praticados pessoalmente, onde o criminoso atuava diante da vítima, atualmente são praticados com mais frequência nas redes sociais ou nos aplicativos de mensagens como o Instagram, Facebook ou whatsapp e geralmente onde o estelionatário não se revela.
Fonte: Net Diário