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Nas últimas semanas, o brasileiro incorporou ao vocabulário uma nova sigla que até então só fazia parte do repertório dos profissionais de saúde: IFA, Insumo Farmacêutico Ativo. É o ingrediente que faz uma vacina ou remédio funcionar.
Três décadas atrás, o país produzia metade de todo IFA consumido no Brasil. Mas, de lá pra cá, essa quantidade foi reduzindo e hoje o país produz apenas 5% do insumo. E 90% de todo o IFA usado no Brasil vem da China ou da Índia, que são os maiores produtores mundiais.
Norberto Prestes é o presidente-executivo da Abiquifi, Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos. De acordo com ele, a entidade aponta dois caminhos para ampliar a produção de IFA no país e reduzir a dependência de mercados externos.
O levantamento mais recente da Abiquifi indica que, em 2019, o Brasil importou US$ 2,26 bilhões em insumos farmacêuticos ativos. No caso das vacinas contra a Covid-19, o país já aplica duas substâncias: a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan, e a Covishield, da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, com a universidade inglesa de Oxford e a Fiocruz.
O IFA para a CoronaVac deve chegar nesta quarta-feira ao Brasil, e o da Covishield deve ser enviado ao país ainda esta semana. Nos dois casos, o insumo é produzido na China.
Norberto ressaltou que a dependência de IFA vai além das vacinas. Entre os remédios muito demandados durante a pandemia está um anticoagulante chamado heparina, usada em hemodiálise.
Para Norberto, é preciso criar uma estratégia para estimular a fabricação de insumos no Brasil, para evitar mais problemas com o abastecimento. De acordo com ele, a situação do país pode ser bem melhor se a gente produzir pelo menos 20% do IFA consumido.
Fonte: Agência Brasil