Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O Hemorio começa esta semana a coletar, voluntariamente, o plasma de pessoas que tenham recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19, seja a vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ou a do Instituto Butantan.
O plasma, chamado de plasma hiper-imune, será usado em estudo inédito, segundo os pesquisadores, para avaliar a eficácia no tratamento contra o novo coronavírus.
Para doar o plasma, o voluntário precisa ter recebido as duas doses da vacina contra a doença há pelo menos 14 dias. Como a vacina produz um tipo específico de anticorpo, teoricamente mais eficiente no combate ao vírus, os pesquisadores acreditam que o tratamento com o plasma possa diminuir as taxas de internação dos pacientes tratados nos estágios iniciais da doença.
O material será aplicado em pacientes maiores de 40 anos que estejam com Covid-19 na fase inicial. O estudo será feito em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Hospital Virvi Ramos (RS), Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul e Universidade Feevale (RS).
Ao todo, participarão dos estudos 380 pacientes de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da rede de saúde do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Desse total, metade receberá a transfusão de plasma para ser feita análise comparativa da eficácia do produto. A expectativa é que a pesquisa termine em dois meses.
Para ser selecionado, o paciente vai ter que atender a alguns critérios: ter mais de 40 anos, estar no máximo no terceiro dia de sintomas e com um quadro considerado leve ou moderado, sem necessidade de internação hospitalar.
O tipo de tratamento será determinado por meio de um sorteio em um sistema que vai selecionar aleatoriamente os pacientes para receberem transfusão de plasma ou tratamento padrão. Os pacientes vão se recuperar em casa, com acompanhamento dos pesquisadores.
A técnica do uso do plasma convalescente começou a ser utilizada na epidemia da Gripe Espanhola, em 1918, e pode ser uma esperança para o tratamento do novo coronavírus, principalmente nos casos leves e moderados.
No ano passado, o Hemorio e diversas outras instituições do país realizaram pesquisa similar, mas com plasma convalescente de pessoas que haviam sido infectadas pelo vírus e se recuperaram. Os dados preliminares obtidos até agora sugerem que a técnica pode ser eficiente nos pacientes em estágios iniciais de infecção, ao neutralizar o vírus.
“Estamos atuando em diferentes frentes e com recortes variados da população com objetivo de criar mais opções no combate à Covid-19. Nossa expectativa é que, caso os resultados sejam positivos, um tratamento eficaz, para as fases iniciais da doença, possa ser utilizado em um número maior de pessoas”, afirmou o diretor-geral do Hemorio, Luiz Amorim.
Fonte: CNN Brasil